Um bancário do Distrito Federal fechou um acordo de R$ 850 mil com o banco Santander na última sexta-feira (22), último dia das atividades da Semana Nacional da Execução Trabalhista. A conciliação entre as partes pôs fim ao processo no qual o trabalhador reivindicava pagamento de horas extras, repouso semanal remunerado, 13º salário, férias e FGTS, referentes aos 18 anos em que trabalhou para a instituição.
A audiência com a presença de empregado e empregador aconteceu na sala do Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejusc), sob direção da juíza Naiana Carapeba Nery de Oliveira, coordenadora da Coordenadoria de Apoio ao Juízo Conciliatório e de Execuções Especiais (CDJUC) – unidade responsável pela organização das atividades da Semana no Foro Trabalhista de Brasília.
Na opinião do advogado do bancário, Evandro Bezerra de Menezes Hildebrand, eventos como a Semana da Execução ajudam a dar impulso para resolução pacífica dos conflitos judiciais. “O valor do acordo chegou bem próximo do que esperávamos. Meu cliente está muito feliz e disse que vai investir o dinheiro que recebeu no estudo das filhas”, comentou o advogado, que também elogiou a atuação da juíza Naiana Carapeba no caso. “Ela teve pulso forte e expôs os riscos e as consequências de se adiar a solução do processo”, avaliou.
Encerramento
Uma palestra sobre Reforma Trabalhista no processo de execução, com o juiz Antônio Umberto de Souza Júnior, e a entrega do Prêmio Boas Práticas de Execução encerraram a programação da sétima edição da Semana Nacional da Execução Trabalhista no Foro de Brasília. O evento realizou mais 150 audiências de conciliação entre trabalhadores e representantes de empresas como Fortium, Grupo Comunidade de Comunicação e Faculdade Evangélica.
A premiação foi entregue ao servidor José de Bonfin Ferreira de Menezes, diretor de secretaria da 21ª Vara do Trabalho de Brasília. A ideia dele foi escolhida a melhor e consiste em comunicar os bloqueios de contas bancárias para os gerentes responsáveis pelo BacenJud de cada banco, procedimento que economiza despesas com correspondências e poupa o trabalho dos oficiais de justiça.
Como prêmio, Bonfin recebeu troféu, certificado e R$ 1 mil. “Agradeço ao TRT10. Confesso que me surpreendi com esse prêmio. Estou muito feliz. Ele é fruto do trabalho de toda a equipe da 21ª Vara. Nós começamos a reunir processos de uma mesma empresa na Vara e vimos que os bloqueios do BacenJud não estavam cumprindo uma resolução. Hoje, o Bacen está sendo atualizado e sinto que esse trabalho de alguma forma ajudou nessa mudança”, contou o servidor.
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho – 10ª Região
