Ação conjunta discute transtornos mentais na área da Saúde

O Ministério Público do Trabalho em Alagoas (MPT-AL), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT/AL) e a Superintendência Regional do Trabalho (SRTb) convocarão todos os sindicatos de trabalhadores e empregadores da Saúde em Alagoas no dia 9 de maio para discutir medidas de combate a um problema silencioso, mas perigoso: os transtornos mentais relacionados ao trabalho. Apenas em 2017, o Brasil registrou mais de 9 mil afastamentos previdenciários por doenças mentais e comportamentais, segundo dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho.

O objetivo da medida, segundo o procurador do MPT Rodrigo Alencar, é identificar as causas de adoecimento nos profissionais do setor, os tipos de doenças mais comuns que vem vitimando os trabalhadores e se as empresas estão realizando ações para coibir esse tipo de dano no ambiente laboral. Segundo Alencar, vários fatores podem desencadear um problema psíquico decorrente da atividade laboral, e devem ser vistos como alerta para a busca de um ambiente de trabalho saudável.

“Jornadas exaustivas, pressões pelo cumprimento de metas e um ambiente laboral com condições inadequadas são fatores que podem levar o trabalhador à ansiedade, depressão, síndrome do pânico e outras doenças. A partir dessa preocupação, queremos ouvir as categorias envolvidas para saber a origem dos problemas e buscar as ações necessárias para combatê-los”, explicou Rodrigo Alencar.

A audiência para discutir o assunto está marcada para acontecer às 9h do dia 9 de maio, na sede do Ministério Público do Trabalho, próximo ao Maceió Shopping.

Caso de suicídio – Em março deste ano, um técnico de enfermagem tirou a própria vida em um hospital de Coruripe e, segundo informações publicadas pela imprensa, teria deixado uma carta com os motivos do suicídio. O MPT instaurou procedimento para apurar o que teria motivado o suicídio do profissional.

Afastamentos – Em cinco anos – de 2012 a 2017 -, Alagoas registrou 705 afastamentos do trabalho por doenças mentais e comportamentais. Em todo o país, segundo dados do Anuário Estatístico da Previdência Social, cerca de 13 mil trabalhadores vítimas de transtornos mentais e comportamentais foram aposentados por invalidez; cerca de 169 mil auxílios-doença foram concedidos no mesmo ano.

A tônica do evento foi a interação e a troca de saberes entre os participantes sobre alimentação, saúde e educação alimentar e nutricional. As discussões seguiram na perspectiva de compreender como a alimentação, prática social e biológica comum a todos os indivíduos, reflete em questões da sociedade em seu conjunto, demarcando espaço nas decisões e no comportamento e, por isso, tornando a comida um poder e o comer um ato político. A agroecologia foi apresentada enquanto projeto político que propõe um caminho de ressignificação do ato de se alimentar e de alimentar os demais, considerando-se a concepção do que vem a ser direito humano à alimentação adequada e comida de verdade, esclarece Advane Moreira.

A facilitadora do Workshop, Islândia Bezerra, destacou que agroecologia não é assunto exclusivo de agrônomo e que é prática que nos leva a aprender para transformar, “a agroecologia nos desperta a pensar sobre aquilo que a gente está comendo, sobre aquilo a que a gente está dedicando o nosso tempo. A agroecologia nos ensina a ter esse olhar! Especialmente se esta prática do ensinar, do debater, do discutir for baseada em uma educação transformadora. Se a educação transforma, a gente aprende a aprender”.

A professora Marli da Silva, da Creche Municipal Professor Stélio Mendes Barroca, saiu convicta de que o melhor ponto de partida é a escola: “a gente tem que começar bem cedo com os meninos, né gente!? Plantar a sementinha. Porque eu acho que os meninos acham que o feijão vem da latinha, o leite vem da caixinha, tem muita criança que não sabe que o leite vem da vaca, que o feijão a gente tem que plantar, tem que cuidar, tem que colher (…) Eu acho que se a gente quer realmente, vai ser um progresso a longo prazo. Mas uma coisa garantida é investir mesmo nessas crianças, tanto em casa, e começando desde novinho lá na creche, na escola, para conscientizar mesmo sobre essa importância. Deixá-los colocar a mão na massa, na terra, o que eles acham muito importante, muito interessante”.

Fonte: Ministério Público do Trabalho em Alagoas

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